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quarta-feira, 13 de abril de 2011

O Túnel do Tempo

The Time Tunnel (no Brasil, O Túnel do Tempo) é um seriado de TV realizado por Irwin Allen nos anos 60, que mostrava as viagens no tempo de dois cientistas: (Robert Colbert, como Doug Phillips, e James Darren, como Tony Newman).
Eles eram monitorados por uma equipe que permanecia no laboratório e os acompanhavam em seus deslocamentos no tempo através de imagens que recebiam pelo Túnel do Tempo. A equipe estava sempre tentando encontrar um meio de trazê-los de volta, ou então tentavam ajudá-los por intermédio dos recursos de que dispunham, como precárias transmissões de voz ou envio de armas ou equipamentos, quando possível. Quando tudo falhava, tiravam-nos de uma época e os enviavam para alguma outra data incerta do passado ou do futuro, dando início a um novo episódio. Eventualmente, membros da própria equipe
ou convidados viajavam ao encontro dos cientistas perdidos, também com o intuito de ajudá-los nas situações de perigo. Também acontecia, de vez em quando, da equipe ou seres estranhos conseguirem interferir no destino das viagens. Nesse caso, os cientistas recebiam diferentes missões a serem cumpridas nos locais onde eram enviados.
Nos episódios eram utilizados imagens de arquivo de filmes do estúdio, tanto os mais recentes, como O Mundo Perdido, ou mesmo filmes históricos mais antigos como Príncipe Valente. Também eram reaproveitados cenários e figurinos de outras séries de Allen que estavam sendo produzidas na mesma época, como Viagem ao Fundo do Mar.
Devido ao elevado custo de produção, esse seriado durou apenas uma temporada, com 30 episódios.
A série teve enorme sucesso no Brasil podendo-se afirmar que "Trata-se do produto da indústria cultural dos EUA que maior e mais duradoura influência exerceu sobre o imaginário coletivo nacional no que se refere à formação das concepções de Tempo, História e Ciência e cujo impacto ainda hoje pode ser descrito e analisado" cf. OLIVEIRA, Dennison de (Coordenador). Túnel do Tempo: um estudo de história & audiovisual". Curitiba, Editora Juruá, 2010. p. 10. Geralmente encarada como produto destinado a diversão e ao entretenimento, cabe notar os compromissos ideológicos da série: "A permanente guerra ideológica dos blocos em confronto no decorrer da Guerra
Fria foi uma fonte inesgotável de inspiração para o entendimento do sentido implícito dos episódios. Ao lado de um evidente etnocentrismo (a sociedade norte-americana é sempre mostrada como a mais avançada e a mais justa, todas as outras lhe são inferiores), percebeu-se também um acentuado maniqueísmo (todos os personagens e instituições são assimiladas somente ao “bem” ou ao “mal”) onde novamente os valores norte-americanos aparecem como os únicos positivos e moralmente defensáveis. Na maior parte dos casos foi difícil evitar-se a assimilação do lado do “mal” da história de cada episódio aos soviéticos, havendo pelo menos um episódio onde isso se dá de forma explícita. Verificaram-se também alguns casos de reabilitação moral de povos e nações, em especial dos derrotados na Segunda Guerra Mundial que, no contexto da Guerra Fria, se tornaram aliados dos EUA. (OLIVEIRA, 2010; p. 21)

Curiosidade:

Em 1976 foi feito o filme para televisão Time Travellers (Degraus para o Passado -BR), com participação na produção de Rod Serling e que contava no elenco com Richard Basehart. A história lembrava um típico episódio do Túnel do Tempo: dois homens voltam ao passado, um dia antes do incêndio de Chicago em 1871, em busca de anotações de um médico(Basehart) que trazia o segredo perdido da cura para uma epidemia que ameaçava o presente.

Existe um livro dedicado ao estudo da minissérie: OLIVEIRA, Dennison de (organizador). O Túnel do Tempo: um estudo de História e Audiovisual. Curitiba, Editora Juruá, 2010. 272 pg.