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domingo, 10 de abril de 2011

Curtindo a vida adoidado


Curtindo a vida adoidado (Ferris Bueller's day off, 1986). Este, o filme dos anos 80 por excelência. E se você ainda não o assistiu é porque provavelmente voce é um monge budista eremita isolado do mundo desde 1986.

Difícil encontrar alguém que não já tenha visto o filme umas 20x na sessão da tarde. É o tipo de filme que qualquer coisa que você estiver fazendo será instantaneamente deixada de lado caso comece a passar na TV. É digno até mesmo de uma Tela Quente, apesar de já ter mais de 20 anos.

Na trilha sonora, três petardos decibélicos, destacando cenas marcantes no filme: O duo suíço Yello e aquela música do refrão maluco “bom, bom!”, Oh! Yeah.

A inesquecível e histórica cena com Matthew Broderick resgatando Twist and Shout, dos Beatles - e provocando a volta da música às paradas de sucesso.

E o filme ainda nos premiou com a maluquice do John Cryer dublando Try a Little Tenderness, do Otis Redding. Impagável.

a história se passa no último semestre do curso do colégio, o estudante Ferris Bueller (Matthew Broderick) sente um incontrolável desejo de matar a aula e planeja um grande programa na cidade com a namorada Sloane Peterson (Mia Sara), seu melhor amigo Cameron Frye (Alan Ruck) e uma Ferrari. Só que para poder realizar seu desejo ele precisa escapar do diretor Dean Edward "Ed" R. Rooney (Jeffrey Jones) do colégio e de sua própria irmã Jean Bueller (Jennifer Grey).
Este filme não contém uma história dramática ou hilariante, nem um roteiro tão brilhante. Os personagens não são
muito profundos e não possui um final com uma boa moral. Então por que esse filme é tão importante?

“Curtindo a Vida Adoidado” é considerado como um dos melhores filmes dos anos 80, um marco da geração e
muitos vêem Ferris Buller como o “adolescente definitivo” padrão daquela década.

Ferris Bueller (Matthew Broderick , “O Rei Leão”, 1994 e “Os Produtores”, 2005) é o adolescente mais popular do seu colégio e está no último semestre do ensino médio. O dia estava muito bonito e ele resolveu faltar à aula em grande estilo. Conseguiu convencer seus pais a perder um dia de aula, alegando uma dor no estômago e ligou para seu amigo verdadeiramente doente, Cameron (Alan Ruck, “Velocidade Máxima”, 1994 e “Twister”, 1996) a passar o dia com ele e sua namorada, Sloane (Mia Sara, “Legend”, 1985 e “Timecop”, 1994) em Chicago. O diretor da escola, Ed Rooney (Jeffrey Jones, “A Lenda do Cavaleiro sem Cabeça”, 1999 e “Advogado do Diabo”, 1997), entretanto, sabe muito bem que Ferris é uma má influência para seus alunos e irá
fazer de tudo para provar que o adolescente está mentindo. A irmã de Ferris, Jeannie (Jennifer Grey, “Dirty Dancing”, 1985) não aguenta mais ver seu irmão aprontando e saindo ileso e decide também provar que Ferris não é o docinho que seus pais pensam que ele é. Usando a Ferrari do pai de Cameron, Ferris e seus amigos curtem um dia em Chicago, almoçando em um restaurante caro e se fazendo passar pelo Rei das Salsichas de Chicago, assistindo a um jogo de beisebol, indo a museus e participando de uma parada.

O filme é uma caricatura da adolescência. Retrata a escola como o lugar mais chato do mundo, com os professores mais tediosos e aulas que parecem durar uma eternidade. Mas se o colégio é um lugar tão ruim, por que Ferris está tão afim de aproveitar o último semestre, não é mesmo? O namoro entre Ferris e Sloane é aquele famoso “que irá durar para sempre” e Cameron é o típico adolescente que teme o pai que “não
o ama” ou “ele ama mais o carro do que a mim ou a minha mãe”. De acordo com o próprio Cameron, o futuro de Ferris será fritando alguma coisa em um restaurante. Como se sabe, nos EUA, a universidade escolhe seus alunos e, pelo que diz o melhor amigo, Ferris não terá um futuro brilhante, então por que não aproveitar enquanto ele ainda é o mais popular e querido aluno de sua escola fazendo coisas grandes e inesquecíveis?

Este filme é o melhor de John Hughes, que se consagrou como um diretor de filmes para adolescentes. É um marco de sua geração e fez algo surpreendente: ajudou os Beatles. Sim! Quando se pensa nesse filme é difícil não deixar de lembrar da famosa cena da parada onde Ferris canta “Twist and Shout”. Embora Beatles sejam os Beatles, foi apenas com esse filme, enorme sucesso nos EUA, que essa música conseguiu atingir o número 23 da Billboard de clássicos do século passado. Outra curiosidade sobre esse filme é que Matthew tinha 24 anos quando interpretou Ferris.
Ferris pode não ser o cara mais legal do mundo, nem o mais “bom moço” que agradaria à sua mãe. Mas ele nos ensina a aproveitar a vida, com sua filosofia hedonista, ele diz que “a vida é muito curta. Se não pararmos de vez em quando para admirá-la, podemos perdê-la”. Verdade, Ferris. Um filme clássico sobre adolescência que dificilmente será esquecido.


Porém, um blogger imaginou como seria se o filme fosse filmado no Brasil e chegou a conclusão de que não daria certo. Eis 7 motivos que provam a teoria:


1) Escola: em qual escola do Brasil, caso um aluno matasse aula fingindo doença, o diretor ia se dar ao trabalho de ir até sua casa checar sua saúde e/ou verificar se isso é verdade mesmo?
Quantos estudantes brasileiros você conhece que foram reprovados por matar aula? Aqui nem PEDINDO você consegue ser reprovado.


2) Invasão de evento oficial: imagina o Ferris Bueller brasileiro querendo invadir a parada de 7 de Setembro pra cantar um pagode?
Não passaria nem do cordão de isolamento. Era dali pro posto de saúde mais próximo após o tratamento VIP dos seguranças.

3) Dirigir: Além do risco de um espancamento, por furtar o carro de terceiros, na primeira blitz que pegasse ia ficar por ali mesmo.
E mesadinha de classe média não é suficiente pra bancar o green card.

4) Fingir doença: tá suando? Tá com a barriguinha doendo? Toma um sonrisal e vai pra escola, vagabundo.
Os pais por aqui não seriam tão tolerantes com uma doencinha de nada. Se não estiver vomitando sangue ou com a cara verde, nada de ficar em casa.

5) Save Ferris: o papo de que ele tá precisando de transplante jamais iria chegar até a escola.
Ao invés de campanhas para salvá-lo, o máximo que ia rolar era lamentação coletiva por saber que ele morreria na fila do SUS esperando o órgão.

6) Ferrari:
quem, em sã consciência, andaria com uma Ferrari conversível no Brasil? Em menos de 5 quadras ele estaria nú e a pé.

7) Invadir o sistema da escola: escola com sistema acadêmico?
Isso existe no Brasil? E ainda por cima conseguir invadir com essa banda larga da Oi? Mais fácil surgir a Matrix.

Curtindo a vida adoidado é um daqueles clássicos que mesmo você assistindo várias vezes. se passar na TV irá assistir de novo.. eu creio que os anos 80 foram a época de ouro do cinema..


Trailer: